O brasileiro trabalhou de 1º de janeiro até terça-feira, dia 29, só para pagar impostos. São quase cinco meses de salário para cobrir os tributos federais, estaduais e municipais. Mas muita gente deve se perguntar: embora embutidos em produtos e serviços, todos esses impostos têm como destino os cofres dos governos? A indagação é pertinente, uma vez que, ao adquirirmos mercadorias, nem sempre recebemos nota fiscal.
Por vezes, ao solicitarmos, deparamos com cara de surpresa. Alguns atendentes perguntam: precisa de nota? Nota fiscal é lei. Não precisa ser solicitada. É obrigatório, sim, que seja entregue junto ao produto ou prestação de serviço. Até porque é a única forma do cliente atestar que adquiriu determinado artigo ou serviço em tal estabelecimento. E, se for o caso, cobrar a troca. Porém, ao comprarmos itens em alguns mercados, farmácias, padarias, restaurantes, lojas, postos de combustível, ou ao solicitarmos o conserto hidráulico em casa, raramente recebemos o cupom fiscal. Leitora conta que, ao solicitar a nota em um restaurante numa praça de alimentação, presenciou uma cena lamentável: o gerente retirou da gaveta um comprovante já pronto, de valor aproximado, e entregou.
Peça sempre a nota. Exija seus direitos!
Matéria veiculada na coluna da Jornalista Silvana Toazza no Jornal O Pioneiro de Caxias do Sul em 31/05.